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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

PAIS DISPOSTOS A PADECER

Pais dispostos a padecer.


Parece que chegamos em dias que não há mais nada tão desafiador do que criar filhos a maneira de Deus. Não por ter Deus falhado em algo, mas por que nós nos desviados tanto de nossa missão que parece irreversível, pelo menos humanamente falando.
Acreditamos que gerar filhos, preservando-os para o propósito eterno de Deus é algo imensurável, incomparável com qualquer outra tarefa que possamos cumprir ou serviço que venhamos a prestar. Gerar filhos segundo as escrituras é uma das poucas missões que exige um conhecimento de Deus como Pai, ao ponto dEle empartir conosco seu próprio atributo, o da paternidade. Isso não podemos ensinar ou forçar alguém a viver, podemos apenas criar um ambiente onde os pais possam se converter ao coração dos seus filhos, para que os filhos possam então se converte aos pais, e assim, ambos glorificarem o nome do Pai.
Criar filhos é uma tarefa árdua e ao mesmo tempo gratificante. Não pode ser comparado com qualquer investimento material ou natural, pois é algo eterno. Aprendemos que nesta missão teremos que escolher entre duas opções para desempenharmos nosso papel. Entre as opções temos: a primeira, de escolher semear segundo os padrões de Deus, e a segunda conforme o modelo mundano e diabólico.
Precisamos esclarecer que todos, consciente ou não estarão semeando algo, a questão é nossa postura diante desta responsabilidade.
Salmos 126:6
Neste Salmo percebemos uma lei espiritual que denuncia um problema que está se tornando a cada dia mais comum: pais e mães chorando pelo que seus filhos se tornaram. A tristeza de muitos pais é apenas um extrato ou um saque de tudo o que semearam. Quando muitos decidem negligênciar os anos de grande investimento, principalmente os primeiros anos até a adolescência, depois iniciam um processo de colheita terrível de seu próprio erro. Em vez de se dedicarem e renunciarem sua vida por este propósito, preferiram viver e se dedicarem aos seus próprios sonhos e cobiças, esquecendo a semente preciosa lançada em seus filhos.
O que muitos pais esquecem é que seus filhos são uma boa terra, e que de alguma forma seus responsáveis devem cuidar deste terreno para que não desenvolva algo nesta área que destrua ou prejudique a boa semente, pois certamente algo irá nascer, bom ou ruim, inevitavelmente teremos que colher algo.
A verdade espiritual é que no período de investimento na infância de um filho vale a pena todo esforço, e não estamos falando de investimentos financeiros para compensar a ausência, pois dinheiro nenhum vai suprir o que a presença de um pai e de uma mãe pode fazer através da atenção, ensino e correção.
Todos os pais colherão algo, se houverem dedicado tempo e suas vidas colherão com júbilo, mas se negligenciaram suas responsabilidades terão que enfrentar esta experiência com tristeza e muitas lágrimas.
Mas nem tudo está perdido, pois por ser um princípio espiritual Deus pode trazer restauração e compensar o tempo perdido, por isso da profecia de MALAQUIAS que diz que nos últimos dias haveria uma unção especial que converteria o coração dos pais aos filhos.
O que precisa acontecer em nossos dias é a conversão dos Pais.
Marcos 4:26-29
É impressionante como Deus deixa claro para todos os interessados, que estes não precisam se preocupar com o crescimento, mas sim com o cuidado da terra, ou seja, nosso papel como pais é plantar e cuidar, mas precisamos descansar para que possa acontecer o crescimento saudável.
Infelizmente, a boa intenção de muitos pais tem atrapalhado o crescimento destas sementes, pois não se limitam em se preocupar com a tarefa deles, mas acabam ficando ansiosos pela parte que cabe a Deus. Não precisamos como responsáveis pelos nossos filhos de se preocupar com quando e como se manifestará a semente que plantamos. Existe um tempo para tudo, e o Senhor sabe de todas as coisas, precisamos apenas cuidar bem da boa terra e zelar pela semente.
Quando os pais colocam as mãos na semente com a boa intenção de produzirem mais rápido podem sufocar e comprometer o crescimento natural.
1 Corintios 3:7-8
Por isso que a criação de filhos segundo os padrões divinos é necessário um lugar de DESCANÇO em Deus, um lugar secreto para que este pai e esta mãe consigam lançar todas as preocupações em relação aos dias terríveis que estão vivendo. Os dias são maus, mas Deus tem um lugar para que os pais possam descansar enquanto Deus promove o crescimento. Este período é o momento em que mais choramos, pois cuidar e zelar desta terra e semente é algo muito árduo.
Os pais precisam estar dispostos a padecer.
Hoje muitos pais não conseguem renunciar a sua própria vida por amor a sua família, da mesma forma homens e mulheres a cada dia estão menos dispostos a se entregarem por amor a Deus. O ser humano não deveria pensar em gerar sem antes estar disposto a padecer. Deveriam todos calcular quanto custará tal propósito, para que depois de iniciarem não sejam encontrados em falta  justamente por não cumprirem com suas responsabilidades.
É surpreendente como muitos pais podem escolher por si mesmos e abandonarem seus filhos. Homens e mulheres cheios de boas intenções, mas cegos quanto a responsabilidade paterna e materna. Abandonam seus filhos nos momentos em que mais precisam, não há nada que compense uma paternidade irresponsável.
1 Tessalonicenses 3:8
O sentimento que precisaríamos ter é o mesmo que o apóstolo Paulo tinha em relação em seus filhos espirituais. Paulo não se permitiu viver enquanto seus filhos não estivessem firmes no Senhor.
Gênesis 18:17-19
Da mesma forma Deus testemunha a respeito de seu servo Abraão, pois o mesmo foi considerado como seu amigo por que tinha firme em seu coração o princípio de consolidar seus filhos e sua casa, ordenando-os a guardarem os caminhos do Senhor.
Não há nada mais excelente que um pai e uma mãe possa fazer do que confirmar seus filhos nos caminhos de Deus. Não há legado maior e melhor do que filhos que descobriram um lugar onde podem se relacionar com seu Deus de forma pessoal e intima.
Depois desta confirmação poderemos então viver como quem cumpriu com sua missão, enquanto isto não ocorrer precisamos manter nosso foco principal em preservar nossa próxima geração.
Sabendo destas coisas precisamos estar dispostos a padecer. Sofrer no período em que estamos cuidando de nossos filhos, enquanto semeamos e aguardamos que está boa semente cresça. Estando cientes que em muitos momentos teremos que enfrentar amargos sentimentos ao ver que estéticamente parece não estar havendo mundanças. Muitas vezes ensinaremos muito, mas demorará muito também para amadurecerem, e isso faz parte do processo.
A esperança é que a alegria de colher com júbilo não se compara com o choro que podemos experimentar enquanto semeamos.
Pais, temos uma missão, nos converter ao coração dos nossos filhos!


Deus abençoe esta geração!

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