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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

EU, SACERDOTE?

EU, SACERDOTE?

Hebreus 7:11

O sacerdócio levítico é a maior expressão do relacionamento com Deus no Velho Testamento, onde homens separados de geração a geração se apresentavam diante dEle para a administração do templo e de seus utensílios. Entretanto, este sacerdócio foi incapaz de gerar o aperfeiçoamento que o verdadeiro e único Sumo-sacerdote viria executar, bem como a manifestação do caráter e missão do Reino de Deus.

No entanto, sabemos que fomos chamados para pertencermos a uma linhagem de sacerdotes reprovados, e sim para ingressarmos por meio de Cristo em uma nova realidade. Agora, aperfeiçoados podemos fazer parte de uma nova linhagem sacerdotal que compreende o caráter de sua missão.

É incompatível com o Reino de Deus pensarmos que podemos oferecer algum serviço a Deus sem um relacionamento genuíno com Ele. Se decidirmos por esta prática estaremos reproduzindo o mesmo erro que por várias vezes foi apontado como incapaz de gerar prazer ao coração de Deus.

Também é inadmissível pensarmos que nossa missão como sacerdotes tem haver com a obrigação e cumprimento de algum tipo de serviço, antes, está extremamente ligada a nossa identidade.

Se entendermos que nossa identidade trás em si toda carga genética sacerdotal, seremos integralmente filhos e sacerdotes em todos os lugares, não limitando nossa prática apenas aos templos.

O problema é que hoje muitos ainda tentam oferecer serviços a Deus sem conhecê-lo. Deus nos chamou primeiramente para o relacionamento pessoal e depois para manifestá-lo.

Incrível é o fato que só existe uma maneira de manifestar a Deus, segundo a vontade de Deus. Está equação dificilmente é vista em nossos dias, pois o ser humano tem uma forte tendência em entender a vontade de Deus a partir da sua própria vontade e de seus pré-conceitos.

No momento que fizemos a obra de Deus segundo a nossa vontade, ela deixa de ser a obra do Senhor e passa ser um serviço puramente humano com aparência de piedade.

Este padrão de conduta que envolve aparência, boas intenções e propósito reprovável foi plenamente rejeitado por Cristo, como vemos na passagem abaixo:

Lucas 10:25-37

Nesta passagem fica claro que JESUS se coloca como um improvável samaritano que surpreende a todos pelo seu amor e dedicação incondicional ao próximo, reprovando um sacode e levita da linhagem de Arão, mostrando que agora somos chamados a entrar em um novo lugar em Deus. Os dois padrões reprovados na parábola tinham práticas liturgias e religiosas, mas não ações do Reino de Deus.

Nossa responsabilidade é manifestar uma prática sacerdotal conforme este bom samaritano, e não como sacerdotes e levitas que seguem um padrão caído e farisaico.

Deus escolheu ser amado através do necessitado.

Amar a Deus e ao próximo é cumprir nossa missão como filhos e sacerdotes.

Jeremias 22:1-5

Se pensarmos religião desassociado do princípio de assistir ao próximo em suas necessidades, estaremos agindo de maneira retrógrada. Hoje a igreja se aperfeiçoou entre tantas coisas em abençoar o maior número de pessoas, mas também em dispensa-los sem suprir suas necessidades básicas.

Jeremias 22:1-5

O sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque ainda é o que compartilha, se identificando num processo sobrenatural de compaixão, conduzindo as pessoas para a verdadeira realidade e identidade em Deus.

A cruz entre tantas ações na vida do homem vem sacrificar nosso egoísmo nos tornando livres de cobiças que impedem o exercício sacerdotal. Por isso que em Lucas 9:23 fica claro que JESUS nos chama para uma realidade diferente da que estamos acostumados a ver, onde uma falsa religião leva o ser humano a uma estagnação, se conformando a uma prática reprovável. Negar a si mesmo como sacrifício sem tomar sobre si a cruz é no mínimo uma ignorância.

Por isso que nossa missão não está ligada a uma falsa religião que nos obriga a prestar algum tipo de serviço, mas está conectada a nossa identidade em Deus, guardada antes mesmo que tivéssemos forma no ventre materno. Quando estamos em Deus nosso serviço sobrenatural flue naturalmente, passando a ser uma expressão do céu na terra, podendo ser uma obediência sacrificial, mas nunca apenas um sacrifício desassociado da obediência.

Por fim, somos chamados a sermos filhos e sacerdotes, e através de um relacionamento íntimo e pessoal com o Pai descobriremos nossa missão, consciência, e prática.


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