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sábado, 31 de outubro de 2015

PROSPERIDADE É PECADO?

Para mim não há melhor livro do que o do profeta Ageu para explicar como Deus deseja prosperar seu povo, filhos e sacerdotes. A prosperidade tem sido alvo de muita confusão quando manipulada pela concupiscência e egoísmo, levando muitos por falta de entendimento a expurga-la de uma vida piedosa, e outros a vive-la de forma contrária as escrituras.

Mas o que Ageu tem a contribuir para uma prosperidade saudável?

Podemos ser prósperos?

É pecado prosperidade?

Estas são algumas perguntas que perseguem muitos cristãos e que vamos buscar responde-las de forma breve e simples.

Primeiramente deixe-nos explicar que Ageu profetizou num período de reconstrução, o povo de Deus estava saindo de uma terrível crise, um de seus piores momentos, depois do exílio babilônico e agora cheios de desafios. Muitos ao retornarem à Jerusalém buscaram aplicar sua vida, esforços e trabalhos, naquilo que respondia as próprias necessidades, em cuidar de suas casas e patrimônios pessoais, buscando satisfação independente da vontade de Deus e do seu propósito. Era Deus que havia trazido o povo de volta, e por um breve momento seu povo parece ter esquecido disto.

Haviam se esquecido do principal mandamento que consistia em primeiramente amar a Deus acima de todas as coisas.

Por que abandonaram meu propósito para satisfazer primeiramente seus interesses pessoais?

Deus desejava abençoar seu povo, mas seu povo escolheu gerar sua própria benção não buscando o Senhor.

Esta é uma ordem de prioridade que nunca deveríamos corromper, aqui nasce as maiores e piores corrupções no coração do homem. Nesta inversão nasce a paixão pelas riquezas, surgindo os amantes de “Mamom”.

O Senhor então mostra a ordem saudável, que lembra o propósito da existência humana: “para que Eu possa ter prazer nela e ser glorificado”. Está mencionando a reconstrução do templo, o que hoje está linkado ao nosso coração, preparado e restaurado para o seu prazer e glória.

Esquecendo deste principio, não trabalhando para que isto se tornasse realidade,foi enviado sobre a terra uma “sequidão”, quando o povo começou a plantar e nunca se satisfazer, beber e nunca matar sua sede, a nunca render o suficiente seus salários.

Desta forma, TENDO E NUNCA SE SATISFAZENDO, tendo uma falsa prosperidade que não era associada com paz, mas com aflição de espirito, aquela que mais se experimenta em nossos dias, que rouba e destrói o coração do ser humano, Deus começa a incitar seus profetas e sacerdotes a obedecer sua voz e a temer seu santo nome.

Deus pede para comparar o templo que estava sendo reconstruído com o primeiro, e para combater o desanimo e frustração em relação a antiga glória, o Senhor apela para que trabalhem baseados na “ALIANÇA QUE FEZ COM SEU POVO”, lembrando que Ele seria com eles, sendo possível todas as coisas.

O padrão original pode parecer distante, mas Deus garante ser possível a restauração, e que a glória da casa reconstruída seria ainda maior.

Esta é a grande sacada para uma “PROSPERIDADE SEGUNDO AS ESCRITURAS”, voltarmos a ouvir sua voz e obedece-lo, temer seu santo nome, baseados em nossa aliança eterna. 

Assim Deus prometeu que iria abalar os céus e a terra em favor de seu povo, abalando também as nações, voltando a encher sua casa de glória, mais do que outrora, e que não precisavam se preocupar com ouro ou prata, pois dEle eram todas estas coisas.

Mas o selo desta prosperidade era sua “PAZ”, verso 2:8.

Toda prosperidade que não vem associada com esta “paz”, não vem do Senhor, se tratando de uma falsa prosperidade que o mundo oferece para nos aprisionar, uma prosperidade para escravos e não para livres, que ilude seus adeptos.

Escravos ou Livres? Perturbação ou Paz?

Seu povo quando estava buscando prosperidade de forma egoísta e pessoal, sem ouvir a voz do Senhor, estavam sendo infiéis, praticavam suas ofertas e adorações, mas faziam de forma injusta e egoísta, enganavam o Senhor e a si mesmos, ganhavam um tanto e mentiam acerca do quanto tinham, sento destruída as obras de suas mãos.

A falsa prosperidade era desmascarada no próprio altar, em suas próprias ofertas, injustas, mentirosas e egoístas.

Até alinharem suas prioridades com aquilo que Deus estava pedindo, obediência para gerarem prazer e glória ao Senhor, eles sofriam com as pragas que acompanham os que se curvam diante de “Mamom”: ferrugem, bolor e granizos. Símbolos de pragas que roubam a paz daqueles que alcançam a falsa prosperidade.

Do dia que se voltaram pro Senhor, Deus fez um divisor de águas em suas vidas, afirmando que daquele dia em diante, “Eu abençoarei vocês”.

Ou seja, não podemos nos enganar com qualquer benção aparente, ou com qualquer oportunidade de ganho, nem toda oportunidade é de Deus, e nem toda aparente benção corresponde ao favor divino.

Não nos deixemos enganar, a prosperidade de Deus que trás consigo paz, que nos livra da aflição e egoísmo, não vem com campanhas que prometem atender nossos interesses pessoais, nem com trabalho desassociado da vontade de Deus, mas é conquistada com obediência, por homens e mulheres que voltam a ouvir a voz de Deus e a restaurarem o altar do seu coração gerando “prazer e glória ao Senhor”.

Então mais uma vez ouviremos: “Só mais um pouco e abalarei os céus e a terra.”

Por fim, não tente fazer isto por força, pois se não ouvirmos a voz de Deus será praticamente impossível encontrar prosperidade de forma ilógica (humanamente falando), buscando satisfação não pessoal, mas de Deus que na restauração de sua habitação recebe honra e glória.


Deus abençoe, e sejam prósperos segundo as escrituras, tenham paz.

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