Amigos Cadastrados

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

PATERNIDADE: RESTAURANDO NOSSA IDENTIDADE


1.    No princípio não era assim…

Gênesis 1:26-31
26 - E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.
27 - E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
28 - E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
29 - E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento.
30 - E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi.
31 - E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.

No princípio o homem não experimentou nenhum conflito em sua identidade, foi criado para sujeitar a criação, dominar, governar, ações que eram atributos de Deus, agora compartilhadas ao homem.

No princípio o homem sabia de onde tinha vindo, e o que deveria fazer, e com quem se relacionar. Sabia na presença de quem deveria habitar.

Gênesis 3:8a
8 - E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia...

O homem nasceu dando prazer a Deus, Ele afirmou no versículo 31 do capítulo primeiro de Gênesis depois de tê-lo criado: “E viu Deus que tudo era bom.”

Esta afirmação contrasta com algumas afirmações de Deus quando afirma ao longo da história que havia se arrependido de ter criado o homem.

Aquele que nasceu dando prazer ao criador, havia perdido sua identidade, sentido e propósito.

Todos nós, mesmo que em níveis diferentes, experimentamos e vivemos esta situação, sentindo o que é ser algo que ainda está em desacordo com nossa origem.

Todos foram separados, destituidos desta semelhante origem, e agora precisam buscar esta restauração, descobrindo quem os criou, suas motivações e propósitos.



2.    Algo precisa morrer

Através da Bíblia percebemos que Deus cria e se move através da sua Palavra, ou seja, de alianças que estabelece. O Senhor é um Deus de aliança.

Precisamos compreender que nossa identidade trará o verdadeiro significado de aliança, e a compreensão de que toda aliança nos tornará dispostos a padecer o que for preciso para que o propósito seja alcançado.

O fim de tudo é a glória de Deus, ou seja, a satisfação divina.

Por isso, quando o homem se corrompeu, Deus ensaiou algo através do Velho Testamento, buscando a compreensão da criação do que um dia iria acontecer, “a maior manifestação da paternidade de Deus.”

A entrega de seu único filho foi a maior manifestação da paternidade de Deus.

Como Deus se move por meio de alianças, seu Filho, o qual não tem conflitos em sua identidade, esteve em todo tempo disposto a padecer, para que a meta fosse alcançada, “a restauração da identidade do homem”, a vida eterna novamente disponível e real para todos os homens.

Por isso Jesus padeceu... Ninguém estará disposto a padecer pelo Reino se não tiver sua identidade restaurada.

Filipenses 2:4-8
4 - Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.
5 - De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
6 - Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
7 - Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
8 - E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.

Se aquilo que precisa morrer de fato for sacrificado, os homens do Reino não atentarão mais para o que é propriamente seu. Este esvaziamento é a síntese do livro de Filipenses, e um dos maiores exemplos de Cristo.

O processo de restauração de nossa identidade dependerá de nossa passagem e êxito no nível do “esvaziamento de si mesmo”.

Para o novo de Deus entrar em nós, tudo que é velho precisa morrer.




3.    Confusão de identidade

Quando olhamos para a vida dos homens e mulheres pós-modernos, contemplamos um dos maiores conflitos que podemos experimentar, a confusão em nossa identidade.

O que acontece nas regiões celestiais, está acontecendo em grande escala na dimensão física. Satanás tem acelerado o processo tentando manter o homem longe desta restauração, buscando destruir cada vez mais o que resta desta identidade a ser restaurada.

Um dos níveis de maior destruição é o que está escrito no livro de Romanos:

Romanos 1:24-28
24 - Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si;
25 - Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.
26 - Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.
27 - E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.
28 - E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;

O grau de maior depravassão humano é quando a criação não se importa mais em ter conhecimento de Deus, quando a verdade de Deus deixa de ser absoluta.

Neste estágio, o homem não sabe mais de onde veio, o que deve fazer, e para onde está indo. Literalmente começa a habitar num lugar de confusão.

Foi por isso, para tirar-nos deste lugar de confusão, de abrir uma porta, uma nova possibilidade, que o único Filho, aquele que tinha a excelencia da paternidade em sua identidade, decide se entregar, esvaziando-se e morrendo numa cruz.

É preciso esforço e sacrifício para por fim em toda confusão em nossa identidade.

Não se trata de apenas sermos salvos, trata-se de como vivermos depois de alcançarmos esta tão grande salvação. Devemos lembrar que o primeiro convite do Senhor Jesus é para quem deseja ir até Ele, mas este é o primeiro passo. Depois, o próximo passo exigirá uma compreensão de quem somos para que possamos de fato estar dispostos a padecer, tomando nossa cruz e seguindo.

Ninguém que esteja confuso em sua identidade estará disposto a tomar a sua cruz.

Lucas 9:23-25
23 - E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.
24 - Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará.
25 - Porque, que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?

O segredo do Reino de Deus é perder para ganhar.

Se não estivermos dispostos a perder, também não iremos ganhar. Este foi um dos legados deixados pelo Senhor, esta disposição sobrenatural que o mundo não conhece, é literalmente loucura para os que perecem.

I Corintios 1:18
18 - Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.




4.    Identidade Restaurada

A salvação é apenas o início de uma experiência maravilhosa que o homem pode experimentar, mas precisamos saber que existe muito mais.

Deus realmente deseja restaurar o que foi destruído com a queda.

Deus deseja se relacionar com filhos, e não com escravos e servos. O problema é que quando não temos nossa identidade restaurada, não sabemos se somos filhos ou servos.

A Palavra de Deus nos fala de duas coisas totalmente distindas, uma delas é sobre a identidade do homem que deve ser de “filho”, e outra tratando das ações e motivações, se movendo em favor do outro como servo e como escravo.

Só os filhos poderão agir como servos sem que isso afete em sua identidade.

João 15:15
15 - Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.

Os servos não gozam de relacionamento, não experimentam da vida do Pai, de seus segredos, de sua vida.

Deus deseja se relacionar com seus filhos, e que estes se movam no mundo como servos, não considerando o que é propriamente seu, visto que o que é deles está reservado em Deus nas regiões celestiais.

Mateus 20:26-28
26 - Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal;
27 - E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo;
28 - Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.

Há então uma confusão, somos servos ou filhos?

Somente os filhos viverão como Jesus, não buscando serem servidos, mas vivendo para servir e dar a vida em favor de outros. Este é um dos atributos da identidade de filho.

Mas porque a realidade da igreja parece estar tão distante desta verdade. Talvez seja o fato que muitos filhos precisam crescer, amadurecer, pois o filho quando criança não difere em nada do servo em sua consciência e direito.

Precisamos crescer e amadurecer para experimentar e seguir na restauração de nossa identidade de herdeiros.

Gálatas 4:1-5
1 - DIGO, pois, que todo o tempo que o herdeiro é menino em nada difere do servo, ainda que seja senhor de tudo;
2 - Mas está debaixo de tutores e curadores até ao tempo determinado pelo pai.
3 - Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo.
4 - Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,
5 - Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.

Muitos que estão servindo ainda debaixo de obrigações desejam a filiação, mas os filhos que têm a identidade restaurada servem como manifestações da graça.

Só um verdadeiro Filho pode tomar uma decisão como está escrito em Mateus 20:27, agir semelhante a um escravo voluntário, ao ponde de se entregar por um propósito maior.

A identidade restaurada irá trazer devolta o governo que o homem havia perdido com a queda no jardim, mas também irá restaurar a disposição de se esvaziar, de padecer pela aliança, pelo propósito.
Filhos não terão problemas em afirmar: “Não viemos para ser servidos, mas para servir.”

O serviço dos servos e escravos é pesado, mas o serviço dos filhos é a manifestação do amor do Pai.

A paternidade de Deus está restaurando a identidade de Filhos em nossa geração.

4 comentários:

  1. Que cada um desse ministerio possam viver as bençãos do Pai.
    Parabéns a todos do MEVAM

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  2. Estou precisando disso,meu marido e eu.

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  3. Maravilhoso esse ensinamento Deus abençoe grandemente em nome de Jesus Cristo.

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